terça-feira, 6 de setembro de 2011

MiniCom estuda adotar banda larga móvel popular

05/09/2011
Do Tele.Síntese

O Ministério das Comunicações já está estudando um plano de banda larga incentivada ou Aice Móvel, para atender a população fora do escopo do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL). “O projeto já está em discussão com duas operadoras móveis e uma já aceita fazer”, disse o secretário-executivo do MiniCom, Cezar Alvarez, nesta segunda-feira (5), durante lançamento do Radar nº 15 do Ipea (Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas), sobre o mercado de telecomunicações.

Alvarez disse que o projeto mira as 20 milhões de pessoas inscritas no cadastro único de programas sociais e inclui simplicidade de aparelhos, isenção do Fistel (Fundo de Fiscalização de Telecomunicações) e preço diferenciado a links da rede da Telebras. Em contrapartida, as tarifas serão mais baixas, semelhante ao projeto do novo Aice (Acesso Individual de Classe Especial) da telefonia fixa, em fase de regulamentação na Anatel, e ao apresentado no governo passado pelo então ministro das Comunicações, Hélio Costa, do telefone móvel social, elaborado em parceria com a TIM e que não foi para frente.

De acordo com Alvarez, o Aice Móvel massificará basicamente o serviço de voz, mas pode incluir pacotes de dados se houver capacidade de redes e houver o barateamento dos aparelhos 3G.

Subsídios cruzados

O Radar nº 15 do Ipea, que trata sobre mercados de telecomunicações, defende a criação de subsídios cruzados e a criação de modelos de negócios inovadores, condizentes com a disponibilidade de renda das classes D e E, para massificação do serviço de banda larga à essas populações. Segundo o estudo, a criação da tarifa de interconexão, usada para incentivar a popularização da telefonia móvel no país, é um exemplo de subsídio cruzado.

Na avaliação do Ipea, a criação de uma tarifa de interconexão de valor diferenciado, poderia financiar a expansão da infraestrutura de banda larga por meio de transferência de recursos das redes já amortizadas. Em relação a novos planos de negócio, o instituto sugere a adoção de planos pré-pagos e de preços fracionados para acesso à internet ao invés de planos mensais. Isso levando em conta a oferta de acessos por faixas de horário ou capacidade de tráfego.

Brasil segue com apenas 0,6% do número de pontos de acesso Wi-Fi no mundo


05/09/2011
Da Convergência Digital

Os hotspots públicos baseados na tecnologia não crescem no país, segundo dados divulgados pelo portal Teleco. Em uma comparação com a Rússia, por exemplo, o Brasil tem uma performance sofrível. Em 2009, a Rússia tinha 14.701 hotspots. Em agosto deste ano, chegou a 16.073, um incremento de 9,3%. Já o Brasil tinha 4.090 há dois anos, caiu e,agora contabiliza 4054.

Os dados divulgados nesta segunda-feira, 05/09, pelo portal Teleco, foram contabilizados a partir do site JiWire. Neles, São Paulo se mantém à frente com 2.489 hotspots, mas a construção de novos pontos está estagnada nos últimos oito meses - em janeiro eram 2.486.

No Rio de Janeiro, o número cai assustadoramente. A cidade - que vai sediar a final da copa do mundo de 2014 e terá as Olimpíadas de 2016 - possui, hoje, 462 hotspots, segundo a contabilização do Teleco. E também padece do mesmo mal de São Paulo - nos últimos dois anos o ritmo de ativação de hotspots está estagnada - eram 460 em 2009, e hoje, são apenas 462.

Os dados do Teleco mostram o mesmo cenário em Brasília - com 151 hotspots; Rio Grande do Sul, com 137 e Minas Gerais, com 97 hotspots. No mundo, de acordo com o levantamento, já são 595056 hotspots ativados. O Reino Unido lidera o ranking mundial com 143.541 hotspots ativados. E vale lembrar que Londres sediará as Olimpíadas do ano que vem. A China fica com 102.290 hotspots ativados e os EUA com 96.663.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

A internet revolucionará o papel das rádios 
Do Blog do Luis Nassif 31/08/2011

A internet propicia mais do que "apenas" o acesso gratuito e em tempo real a dezenas de milhares de rádios. 

Ela agrega novas funcionalidades e utilidades para as rádios, que agora permitem o acesso irrestrito às notícias internacionais, permitem ouvir as rádios de sua cidade em qualquer lugar do mundo, podem auxiliar no aprendizado de outros idiomas, oferecem melhor qualidade de som, mais dados sobre as músicas em reprodução e tornam cada indivíduo em cidadão do mundo. 

Acessíveis em computadores, tablets e smartphones, abrem possibilidades para que a indústria - apenas integrando aparelhos já existentes - possa transformar o velho radinho de pilha num novo milagre da tecnologia. 

Estações de rádios na internet 

Hoje é possível ouvir ao vivo pela internet milhares de estações de rádio de todo o planeta. Exemplos? Quer ouvir o que está tocando na gélida Antártida? Você pode. Acesse: www.anetstation.com. 

E as músicas de sucesso na Groelândia? Igualmente: www.dr.dk/p2/. 

E o que está tocando agora na capital australiana? Lá vai: www.1wayfm.com.au/. 

Ou ainda, quer felicitar um fã da Madonna? Passe para ele o endereço da rádio oficial da cantora: http://www.goomradio.fr/radio/candy-station (só tocam músicas da Madonna). 

Milhares e milhares de rádios 

Seja qual for o tipo de rádio que se procura, provavelmente na rede a encontrará. É espantosa a quantidade e diversidade de rádios disponíveis na internet. Para se ter uma ideia, o sítio TuneIn (tunein.com/) diz disponibilizar gratuitamente o endereço de mais de 50 mil rádios de todo o mundo, a maior parte para serem ouvidas diretamente pela internet. 

O sítio Rádios (radios.com.br/) fornece o endereço de mais de 19.500 estações de rádio, também de vários países, para serem ouvidas através da Internet. 

Outros importantes diretórios de rádios são os sítios Lista Rádios (listaradios.com.br/) e Delicast (http://pt.delicast.com/radio). Alguns sítios possibilitam que as rádios sejam selecionadas a partir de filtros, que podem ser por continente/país, por cidade, por região, por idioma, por tipo de programação (notícias, debates, esporte, música), por estilo de música (pop, rock, blues, jazz, classic, country etc.), permitem a realização de busca de palavras etc.

Expandindo a utilidade das rádios 

Mais do que apenas sintonizar um número maior de estações de rádio do que aquelas que se consegue captar com um aparelho de som, o que a internet faz é expandir em muito, em muito mesmo, a utilidade que essas rádios podem oferecer. 

Por exemplo: 

- Acesso mundial: qualquer rádio que disponibilize sua transmissão na internet se torna mundialmente acessível por meio da rede;

- "Pacote" gratuito de rádios: utilizando uma conexão à internet é possível sintonizar gratuitamente as estações de rádio disponíveis na rede. 

 -É como se ao usuário adquirir um plano de internet recebesse também um “pacote de Rádios” com dezenas de milhares de "canais" disponíveis;


-Notícias na íntegra e em tempo real: é possível ouvir ao vivo, na íntegra e sem intermediários locais, o noticiado em cada rádio/país do mundo. Uma rádio comunitária no interior da Amazônia pode difundir em âmbito mundial tudo o que ocorre na sua localidade;

- Auxílio no estudo de idiomas: ao sintonizar rádios estrangeiras pode-se ouvir o idioma falado, coloquial e autêntico, do outro país, ao vivo, como se lá estivesse. 

Essa "imersão" contribui em muito na aprendizagem de outra língua;

"Hit parede" estrangeiro direto da fonte: é possível ouvir diretamente das rádios estrangeiras, em tempo real, as músicas que são sucessos nos seus países. Se saberá o que é sucesso no estrangeiro antes mesmo desta ou daquela rádio local dizer o que é sucesso nessa ou naquela cidade do mundo; 

- Ouvir rádios de sua cidade em qualquer lugar do mundo: em qualquer país/cidade em que estiver nunca se estará "tão longe" de casa. Com a internet sempre será possível "matar saudade" da terra natal ao ouvir naquele instante as rádios de lá; 

- Melhor qualidade de som: como a sintonização da estação não se dá por ondas de rádio, não ocorrem os problemas decorrentes deste meio. A qualidade se dará principalmente pelo conjunto "conexão à internet + fluxo de dados da rádio"; 

- Tal como a TV Digital: há rádios quem exibem dados da música em execução (como nome da música, intérprete e capa do álbum), nome da próxima música a ser executada, programação da rádio etc., aos moldes do que fazem as emissoras de TV Digital com suas programações. Isso agrega mais informações à música durante a reprodução do que faz um simples tocador de MP3; 

- Cidadão do mundo: ouvir as rádios de outras regiões do próprio país e de outros países do mundo permite conhecer outras culturas e facilita a aceitação de outros usos e costumes. Torna cada indivíduo um cidadão do mundo. 

Além do computador 

Tablets e smartphones oferecem aplicativos específicos para se ouvir rádio via internet - seja através da conexão via operadora, seja usando uma rede sem fio doméstica. 

Com esses aplicativos há um menor consumo do plano de internet do que aquele comparado ao ouvir as rádios nos respectivos sítios. Os aplicativos disponibilizam listas de rádios e oferecem, tal como alguns sítios, a escolha de estações por idioma, tipo de rádio, gênero de música, por região, por país, disponibilizam a busca de palavras etc. 

As listas facilitam muito a tarefa de encontrar estações nesse mundo de rádios. Para se ter uma ideia do número de estações acessíveis, só num aplicativo para telefones Symbian (Radios Net) constavam disponíveis mais de 1.500 estações no Brasil. Nos Estados Unidos havia algo em torno de cinco mil rádios. 

Há aplicativos de rádios para praticamente todas as plataformas de smartphones. Um desses aplicativos é o TuneIn (tunein.com/), que possui versões para aparelhos iPhone, Android, Blackberry, Palm, Samsung Bada e Windows Phone. Ele oferece o cadastramento gratuito no sítio e permite a salva das estações preferidas do usuário. Depois, em qualquer desses aparelhos é possível se conectar ao servidor e acessar as rádios guardadas na conta criada no TuneIn. 

Oportunidade para o mercado de aparelhos de rádio Utilizando tecnologias já existentes e que estão se popularizando é possível atualmente o desenvolvimento de aparelhos de rádio (especialmente micro e mini systems) que permitam ouvir as milhares de estações de rádio disponíveis na internet. Se ainda não foi criado um produto assim, os fabricantes desperdiçam atualmente uma grande oportunidade de mercado por não venderem aparelhos de rádios que "sintonizem" as milhares de estações de rádio disponíveis na internet . 

Esses novos aparelhos poderiam se conectar à rede usando a conexão doméstica (com ou sem fio), ou a internet via chip das operadoras de telefonia celular (as operadoras poderiam criar chips para aparelhos de rádio com a nova tecnologia). 

Não mais a meia-dúzia de estações de rádio que o mini system sintoniza, mas sim milhares e milhares de estações que a rede oferece. A internet poderá transformará o radinho de pilha num produto revolucionário.